quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

2013: Centenário de Vinicius de Moraes



2013 é o ano do centenário de Vinícius de Moraes, o nosso “poeta da paixão”.

Marcus Vinicius de Mello Morais nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913 emorreu no Rio de Janeiro, no dia 09 de julho de 1980, por conta de isquemia cerebral.
Dedicou-se à poesia e à música desde a mais tenra idade. Também foi jornalista, dramaturgo e diplomata. Fez parcerias musicais com Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell, João Gilberto, Francis Hayme, Carlos Lyra e Chico Buarque. Entre suas músicas destacam-se: "Garota de Ipanema", "Gente Humilde", "Aquarela", "A Casa", "Arrastão", "A Rosa de Hiroshima", "Berimbau", "A Tonga da Mironga do Kaburetê", "Canto de Ossanha", "Insensatez", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e "Chega de Saudade". 

Seus poemas e canções são abrangentes, abordando temas diversos, como a mulher, o relacionamento, a religiosidade, a política, a mitologia, a cultura popular brasileira e a infância.

Vale a pena conhecê-lo melhor e propor diversas atividades neste ano, abrangendo o público infantil, os adolescentes, adultos e educadores.


Faremos aqui, ao longo deste ano, as nossas homenagens a este maravilhoso poeta. Iniciamos, então com um pedacinho de Orfeu da Conceição, peça teatral que faz uma releitura da figura mitológica Orfeu, que também inspirou a criação no teatro, na música e no cinema.
Vejamos:

Aqui, Maria Bethânia dá um sentido nos transporta para o cenário da peça:


Esse corpo! e me dizes essas coisas
Que me dão essa fôrça, essa coragem
Esse orgulho de rei. Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música!
Nunca fujas de mim! sem ti sou nada
Sou coisa sem razão, jogada, sou
Pedra rolada. Orfeu menos Eurídice...
Coisa incompreensível! A existencia
Sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos. Tu
És a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo, minha amiga
Mais querida! Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! criatura! Quem
Poderia pensar que Orfeu: Orfeu
Cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres - que êle, Orfeu
Ficasse assim rendido aos teus encantos!
Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho que eu vou te seguindo
No pensamento e aqui me deixo rente
Quando voltares, pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo!
Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que eu estarei contigo!


Sugestões para pesquisa:
http://educadoresdesucesso.blogspot.com




http://www.viniciusdemoraes.com.br/site/

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